Em nota publicada no final da tarde desta quinta-feira, 18 de junho, o Fórum de Patrimônio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ) definiu a mudança da superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio de Janeiro é um ataque ao órgão.
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A exoneração e a nomeação de Manoel Vieira e de Olav Antonio Schrader, respectivamente, foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje. Vieira é arquiteto e urbanista, conselheiro do CAU/RJ e possui larga experiência no campo da preservação do patrimônio. Já Schrader não apresenta experiência alguma no campo do patrimônio. Graduado em Relações Internacionais, o novo superintendente do Iphan-RJ é responsável por administrar imóveis no bairro de São Cristóvão. Para os representantes do Fórum de Patrimônio do CAU/RJ, Schrader não possui as qualificações necessárias para ocupar tão alta responsabilidade em relação aos bens protegidos na esfera federal.
“O movimento de desmonte e a tentativa de gerar a imobilidade do Iphan em situações que afetam não só os bens por ele protegidos, mas que envolvem contextos urbanos, manifestações culturais, paisagens e natureza protegidas, bem como, sítios arqueológicos, parece ser o foco da atual gestão na esfera federal, que se habituou a indicar profissionais de campos do conhecimento distantes das questões específicas referentes aos cargos”, diz trecho da nota.
O Fórum de Patrimônio do CAU/RJ tem feito duras críticas as nomeações de profissionais sem capacidade técnica e experiência para cargos estratégicos no Iphan. Em abril, o grupo se posicionou contra a nomeação da blogueira Monique Baptista Aguiar par ao cargo de coordenadora técnica do Iphan-RJ. No mês seguinte, divulgou nota de repúdio por, novamente, nomear um leigo para a presidência nacional do Iphan.
CAU/RJ repudia nomeações de leigos para o Iphan