O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ) participou do podcast “Jabuticaba Sem Caroço”, da agência de notícias Sputnik Brasil, com o tema “Estádio do Flamengo: obstáculo ou propulsor do planejamento urbano do Rio?”, para falar sobre o anúncio da construção de um estádio para o clube no terreno do antigo Gasômetro, no Centro do Rio.
Para Sydnei Menezes, presidente do CAU/RJ, é preciso destrinchar a fundo a situação: “O anúncio de destinar o terreno (do antigo Gasômetro) para a construção do estádio ainda não tem consistência técnica. Todo equipamento urbano de grande porte, neste caso com função esportiva, é positivo do ponto de vista conceitual. Mas é necessário avaliar, nesse terreno específico, portanto precisamos ter informações preliminares sobre impacto, estudos de viabilidade técnica, econômica, transporte, mobilidade, interferência com o equipamento que já existe, que é o Maracanã”.
O presidente do Conselho reiterou a preocupação com os reflexos de um estádio com grande capacidade em área tão importante e movimentada da cidade. “O Maracanã fica um caos em dias de jogos e isso já acende a luz vermelha. Para um estádio novo tem que se pensar em tudo. No Engenhão também é um caos (em dias de jogos). Neste caso (da região do antigo Gasômetro) não dá para ser assim. Estão falando em receber um público de 70 mil pessoas no estádio do Flamengo.”, explicou.
O CAU/RJ notificou a Prefeitura do Rio de Janeiro e o Clube de Regatas do Flamengo em busca de mais informações sobre o planejamento e estudos de impacto com a construção do novo estádio. “O Conselho é um mediador dessas questões e não temos os estudos, as informações. A gente precisa saber se vai ter um ganho para a cidade. Se não for ter um benefício para a cidade, não é possível contar com o nosso apoio”, afirmou o presidente Sydnei Menezes.