O coordenador da Comissão Ordinária de Ensino e Formação (CEF) do CAU Brasil, Valter Luis Caldana Júnior, ao término da segunda edição do Fórum Internacional de Conselhos, Ordens e Entidades de Arquitetura e Urbanismo gravou um depoimento sobre as possibilidades que o encontro permitiu como, por exemplo, verificar onde estão os principais pontos que complicam a mobilidade internacional dos arquitetos já formados e discutir sobretudo a formação continuada.
“Um ponto é verificar onde estão os principais pontos que complicam a mobilidade internacional dos arquitetos já formados, ou seja, dos arquitetos que já estão na prática. Porque a maior parte destes pontos não está na legislação profissional, pós diploma, pós-graduação, mas está na formação. Este Fórum tem o aspecto principal de podermos comparar a nossa legislação ligada ao ensino, as nossas diretrizes curriculares, as nossas cargas horárias, as experiências dos laboratórios com a dos outros países, porque é onde os arquitetos brasileiros estão enfrentando problemas para conseguir registro no exterior. Eu acho que este é o primeiro ponto fundamental. Nós já discutimos e já encontramos uma série de pontos, inclusive, o fato de que a formação no Brasil tem uma carga horária média menor do que em muitos outros países que interessam aos arquitetos brasileiros”, explicou Valter Caldana.
Sobre ensino e formação o coordenador da CEF falou que durante o evento houve muito trabalho e discussão, principalmente, da formação continuada. Ele exemplificou que foi possível começar a aprender e comparar como se dá o acompanhamento da formação do profissional já diplomado. Vários países têm a verificação desta continuidade na formação com cursos de aperfeiçoamento e até mesmo de especialização que se refletem diretamente nas atribuições profissionais. Isto também é um assunto tratado dentro da comissão e também tem sido impeditivo para programas de mobilidade mais efetivos.
Segundo Caldana, o CAU Brasil irá lançar um portal com cursos de aperfeiçoamentos. “Já vimos experiências de outros países como França, Portugal, Itália e sobretudo aqui nos países de língua portuguesa e nos países do Mercosul e da América Latina, de modo que nós vamos ter possibilidades de atuar de forma conjunta com eles, de modo a aumentar a mobilidade. Portanto, neste segundo Fórum, tanto do ponto de vista do ensino quanto do ponto de vista da formação, o aprendizado foi muito grande, seja nas diretrizes curriculares, cargas horárias, seja na formação continuada e na atividade cotidiana dos arquitetos o que vai gerar a possibilidade de mobilidade mais efetiva”.
Confira o vídeo abaixo: Mobilidade Profissional Internacional – Coordenador da Comissão de Ensino e Formação do CAU Brasil
II Fórum
O evento realizado em julho, na Embaixada de Portugal, em Brasília, teve como tema: “Mobilidade Profissional Internacional, da formação ao exercício profissional” e foi organizado pela Comissão de Relações Internacionais do CAU Brasil. Dentre os objetivos do encontro estava a busca pela simplificação da mobilidade profissional dos arquitetos entre os diferentes países, assim como a troca de experiências para o aprimoramento da profissão.
Além de representantes e conselheiros do CAU Brasil estiveram presentes no encontro arquitetos de diversos países como Estados Unidos, Espanha, França, Itália, Portugal, Rússia, Suíça, China, Macau, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru, Uruguai, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
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