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Dia do Arquiteto e Urbanista 2023 é celebrado com balanço do ano e premiações

O Dia do Arquiteto e Urbanista deste ano reuniu as entidades de arquitetura e urbanismo do estado (ABAP, ABEA, AsBEA-RJ, IAB-RJ, SARJ e FeNEA). A celebração foi realizada na quinta-feira, 14, no Museu de Arte do Rio (MAR), com um balanço das atividades realizadas e entrega das premiações. Após a cerimônia, o grupo de samba Moça Prosa animou a festa.

O presidente do CAU/RJ, Pablo Benetti, lembrou a importância das entidades para a criação do CAU. “O CAU foi criado, há 13 anos, a partir da luta das entidades. Temos uma dívida enorme elas”, avaliou. “O Conselho já nasceu com a experiência de 100 anos do IAB, 50 de Asbea, 60 de sindicato”, complementou a presidente da presidente da Asbea-RJ, Sônia Lopes.

Na mesa de abertura, os participantes destacaram realizações conjuntas entre as entidades, como o 1º Salão do Interior, o concurso para estudantes da UIA2021, os 60 anos do histórico Seminário Nacional de Habitação e Reforma Urbana, realizado no Quitandinha, em Petrópolis, o edital de formação continuada Vera Hazan, o orçamento participativo,  a defesa do Microempreendedor Profissional (MEP), da assistência técnica para habitação de interesse social, software livre; além da integração entre as entidades que compõem o CEAU-RJ.

A mesa também contou com a presença da gerente do Museu de Arte do Rio, Gisele de Paula; da presidente do IAB-RJ, Marcela Abla; da vice-presidente da Abea; Wanda Vilhena; do representante da Fenea, Tales Calasans e do representante do Sarj, Rodrigo Bertamé.

Prêmio Marcos Konder Netto

O anúncio dos vencedores dos prêmios Marcos Konder Netto, promovido pela Comissão Temporária do Setor Público (CTSP), abriu a segunda parte da cerimônia. Em sua primeira edição, o prêmio tem como objetivo a valorização do arquiteto e urbanista servidor público, que tenha desenvolvido trabalhos no campo da Arquitetura e Urbanismo Públicos e/ou seja reconhecido profissionalmente por seus relevantes serviços prestados à região onde atua. A premiação conta com três categorias: projetos, obras e intervenções realizadas; planos e normativos; e trajetória profissional.

Para a coordenadora da comissão, Viviane Vasques, o CAU/RJ inovou ao criar uma comissão dedicada ao setor público. Sobre a premiação, ela avaliou como uma “grata surpresa” a inscrição de 12 trabalhos, permitindo dar visibilidade aos arquitetos e urbanistas que atuam na carreira pública.

Confira os vencedores:

Categoria 1 – Projetos, obras e intervenções realizadas:

Premiada: Ana Cláudia Garcia de Souza Oliveira

Menção honrosa: Luiz Antônio Affonso – Equipe: Milena Sampaio da Costa e Daniel de Almeida Silva

Categoria 2 – Planos e normativas:

Não houve premiado.

Menção honrosa: José Mauro Carrilho Guimarães

Categoria 3 – Trajetória profissional:

Premiada: Teresa Rosolem de Vassimon

Menção honrosa: Regina Prado Lima de Souza

 

CAU+Diversidade

Também foram premiados os vencedores e as vencedoras do Prêmio CAU+Diversidade,  voltado a arquitet(o)as e urbanistas mulheres (cisgênero ou transgênero), pessoas autodeclaradas pardas, pretas ou indígenas, pessoas LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência. As/os participantes concorreram em cinco categorias: projeto arquitetônico; projeto de restauro e patrimônio; projeto de arquitetura de interiores; projeto urbanístico; estudo teórico (teses, dissertações, livros e publicações).

A premiação foi entregue pela coordenadora da Comissão de Equidade e Diversidade, Alyne Reis, que agradeceu aos inscritos e reforçou a necessidade e a urgência da comissão para debater estes temas.

Conheça as/os premiadas/os:

Categoria Projeto Arquitetônico:

Capacitando: Capacitação Comunitária para as Mulheres do Complexo do Alemão

Autora: Márcia Tatiane Sales de Melo

Categoria Projeto de Restauro e Patrimônio:

Título: Requalificação do Cine Guaraci

Autora: Andreza Navarro Felipe

Categoria Projeto de Arquitetura de Interiores:

Título: Apartamento Jardim

Autoras: Carolina Marinho Escada Villela e Patricia Annechino Landau

Categoria Projeto Urbanístico:

Título: Arte, Cultura e Ritual Percursos e Grafagens para um Museu Território na Pequena África-RJ

Autor: Luiz Paulo Ramos de Carvalho

Categoria Estudo Teórico:

Título: Cidade Cenográfica e seus Bastidores – O Caso do Rio De Janeiro

Autora: Ana Beatriz Bruno da Silveira

Menção honrosa

Título: Mulheres e Subúrbios Cariocas: Uma Perspectiva Feminista Interseccional da Segregação Espacial na Vida Cotidiana

Lívia Perfeito Sampaio

Título: Monumentos Cariocas: As Muitas Faces que Constroem a Paisagem do Rio

Nathalia Giovannini dos Santos Ribeiro Botelho

 

Grandjean de Montigny

O já tradicional Grande Prêmio Grandjean de Montigny destinou R$ 10 mil em ajuda de custo, para uma viagem de estudo a um país latino-americano, ao vencedor do concurso. Os autores dos projetos classificados em 2º e 3º lugares vão receber R$ 6 mil e R$ 4 mil, respectivamente, para viagem de estudos.

Concorreram ao Grande Prêmio Grandjean de Montigny os cinco trabalhos agraciados nas três categorias do 40º Prêmio Arquitetas e Arquitetos do Amanhã, promovido pelo Departamento Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ): edificações; urbanismo; e cultura e tecnologia. A presidente do IAB-RJ, Marcela Abla, lembrou que, este ano, as inscrições foram gratuitas, o que possibilitou a participação de maior número de estudantes. Foram 87 inscrições homologadas, com 13 premiados.

A premiação do Grandjean de Montigny foi entregue pela vice-presidente do CAU/RJ e coordenadora da comissão de Ensino e Formação, Tanya Collado. “O prêmio nos dá um panorama do que está sendo debatido nas universidades e o que as novas gerações de arquitetos e urbanistas estão pensando para o país”, afirmou.

Conheça os vencedores:

1º Lugar

Arquitetura e Agroecologia: Alternativas sustentáveis como suporte para as ocupações de terras campesinas

Autor: João Vitor Ximenes Anselmini

Orientadores: Fernando Minto e Roberto Lucas Júnior

Universidade: Departamento de Arquitetura e Urbanismo (PUC-RIO)

Parecer: O trabalho transita bem entre diferentes escalas, que o autor denomina como saneamento, agroecologia e formação. Possui grande relevância e impacto social, contribui para a ideia da função social da cidade e terra. O arquiteto e urbanista pensa a vida em contexto rural de um acampamento do Movimento Sem-Terra, reconhecendo todas as pessoas como sujeitos de direito, dentro de um projeto de cidadania, com acesso à uma realidade mais justa e equânime.

Tem excelente fundamentação teórica, materializada no projeto, respondendo bem a problemática identificada. O autor demonstra desde domínio da análise contextual à tectônica no processo de projeto. Apresenta boa representação gráfica. Representa um território do interior de estado (Macaé) e faz uma boa leitura das condições socioambientais locais e da dinâmica hidrossanitária da macro a microescala, propondo soluções viáveis e autônomas.

2º Lugar

Parque Urbano de Acari: uma proposta de recuperação florestal, hidrográfica e de infraestruturas urbanas para a área do Fim do Mundo

Autora: Luísa Albuquerque Botelho

Orientadores: Pedro Lobão

Universidade: Departamento de Arquitetura e Urbanismo (PUC-RIO)

Parecer: A partir de fundamentação teórica compreensiva, a autora desenvolve uma análise que reconhece a sub-bacia hidrográfica Pavuna Meriti de forma relacional à sua posição na região hidrográfica da Baia de Guanabara para o desenvolvimento de um projeto urbano paisagístico.

Demonstra leitura sobre o acúmulo de planejamento urbano e sobre a dinâmica hídrica urbano metropolitana, apresentando uma série histórica do desenvolvimento urbano e da degradação  característica do subúrbio carioca. Aborda dimensões físicas e culturais no recorte territorial escolhido em Acari, Rio de janeiro. O trabalho estabelece diretrizes e as ilustra como boa qualidade gráfica e clareza. A autora contribui para a solução do problema das inundações e da carência de áreas de lazer na zona norte do Rio, problemas crônicos da cidade que serão cada vez mais frequentes em função das mudanças climáticas.

3º Lugar

O Chão do Céu – Ensaio de uma estrutura pública nos altos de Copacabana

Autora: Moana Reis Faria

Orientadores: Maria Cristina Cabral e Diego Aníbal Portas

Universidade: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)

Parecer: O trabalho tem excelente fundamentação teórica e representação gráfica, faz um estudo tipológico das diversas superfícies de cobertura em Copacabana e traz uma proposta utópica criativa com forte carga poética para tratar as possibilidades de ocupação destes espaços criando um novo nível de solo aéreo acessível, mudando a perspectiva comum e trazendo para este nível os elementos da natureza. O trabalho provou na banca debates críticos acerca do processo de urbanização característico na cidade do Rio e da sua relação histórica e cultural com o céu.

 

Dia do Arquiteto e Urbanista

O Dia Nacional do Arquiteto e Urbanista, comemorado no dia 15 de dezembro, foi incluído oficialmente no calendário brasileiro no dia 16 de janeiro de 2018, com a sanção da Lei Federal 13.627/2018. A data significou uma etapa importante do processo de valorização profissional, que teve como um dos marcos a criação do conselho profissional em 2011.

O dia 15 de dezembro foi escolhido para comemorar o Dia do Arquiteto e Urbanista em homenagem ao mestre Oscar Niemeyer. Grande defensor dos Direitos Humanos, Niemeyer lutou também durante décadas por um conselho profissional dos arquitetos e urbanistas. Desejo concretizado somente no dia 31 de outubro de 2010.

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