Estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que a indústria da Construção movimentará R$ 796,4 bilhões na economia brasileira até 2026. O montante considera R$ 663,6 bilhões em investimentos em habitação e infraestrutura e R$ 132,8 bilhões relacionados à demanda por insumos da cadeia produtiva.
“A indústria da Construção é uma das maiores indutoras do desenvolvimento. Além de todo o potencial das obras, a cadeia produtiva contempla diversas atividades”, ressalta Marcelo Kaiuca, presidente do Fórum Setorial da Construção Civil da Firjan e presidente do Sindicato das Indústrias de Artefatos de Cimento Armado, Ladrilhos Hidráulicos e Produtos de Cimento do Estado do Rio de Janeiro (Induscimento). Kaiuca também destaca que os assuntos relacionados ao setor estarão em debate no Rio Construção Summit, que começa nesta terça-feira, dia 19, no Píer Mauá.
O estudo, realizado em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (SindusconRio), o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura (Sinicon) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), também sinaliza que o investimento de R$ R$ 796,4 bilhões tem potencial para gerar 2,4 milhões de empregos em cada ano de execução das obras previstas.
Habitação é destaque com previsão de R$ 316,7 bi em investimentos
Dos R$ 663,6 bilhões, o estudo destaca que a previsão é de que a área de habitação receba R$ 316,7 bilhões, relacionados ao programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Para a área de infraestrutura, considerando por exemplo investimentos em rodovias, ferrovias e saneamento, estão previstos R$ 346,9 bilhões. Entre os investimentos atrelados à cadeia produtiva (R$ 132,8 bilhões), destacam-se R$ 28,48 bilhões do setor de minerais não metálicos e R$ 18,31 bilhões da metalurgia (R$ 18,31).
“O retorno de uma política pública para habitação de interesse social é fundamental para auxiliar na superação dessa mazela social. Mas o MCMV não pode repetir os erros do passado. Precisamos, dessa vez, investir na produção de moradia nas áreas centrais”, lembrou o vice-presidente do CAU/RJ, Lucas Faulhaber.
O presidente do Sinicon, Claudio Medeiros, comenta os investimentos relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Os valores apresentados para o Novo PAC são uma injeção de ânimo no setor de Infraestrutura. Tenho a certeza de que iremos vivenciar nos próximos anos uma nova época de crescimento, de criação de oportunidades, de geração de empregos e renda. É isso que precisamos para a reconstrução de nossa engenharia nacional e juntamente do nosso Brasil”, ressalta Claudio Medeiros.
O presidente do CBIC, Renato Correia, também fala sobre a importância dos investimentos e da união de esforços. “O estudo mostra a força do setor. Porém, os nossos desafios para entregar um PAC e um Minha Casa, Minha Vida são enormes, exigindo a união dos governos estaduais e do governo federal, sociedade e iniciativa privada”, diz Renato Correia.
A análise por regiões mostra que o Sudeste receberá o maior volume de recursos (R$ 233,17 bilhões). Em seguida estão o Nordeste (R$ 204,13), o Norte (R$ 85,60), o Centro-Oeste (R$ 73,33) e o Sul (R$ 67,35). “Temos ótimas oportunidades para enfrentar os desafios do déficit habitacional e de infraestrutura e para dinamizarmos a economia. Isso será de extrema relevância para o crescimento do país, mas é importante que o planejamento dos projetos seja seguido”, pontua Claudio Hermolin, presidente do SindusconRio.
Com informações da Firjan