A Conselheira Federal e Coordenadora da Câmara Temática de Meio Ambiente e Extremos Climáticos, Leila Marques, participou da abertura do I Simpósio de Emergências Climáticas em Arquitetura e Urbanismo, em Recife, Pernambuco, nesta sexta-feira, 6 de dezembro.
Com o tema “O papel ético do profissional de arquitetura e urbanismo frente à emergência climática das cidades brasileiras”, o simpósio foi promovido pelo CAU/PE e abordou estratégias para a adaptação climática, como o uso de soluções baseadas na natureza, a criação de infraestruturas urbanas sustentáveis, a redução de ilhas de calor e o fortalecimento de políticas de redistribuição de recursos urbanos.
“Tenho certeza que esse encontro, em um estado que já foi anunciado como fazendo parte de territórios que podem vir a sucumbir diante de desastres climáticos ou antrópicos, é trazer, com muita coragem e sensibilidade, a discussão que deve nos pautar para o resto das nossas vidas. Precisamos difundir a consciência da existência de racismo climático e pautar a necessidade de justiça climática”, afirmou Leila Marques.
Recife, capital pernambucana, é a cidade com maior número de pessoas vivendo em situação de risco no estado: 206 mil habitantes, o equivalente a 13,8% da população. No âmbito global, a cidade ocupa a 16ª posição entre as mais vulneráveis ao aumento do nível do mar e lidera como a capital brasileira mais impactada pelo aquecimento global, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.
“Estamos em rota de colisão com desastres que não serão mais revertidos com quaisquer medidas paliativas, corretivas ou preventivas que se tome a partir de agora. Por esses e outros motivos, o CAU BR criou em julho de 2024, a Câmara Temática de Meio Ambiente e Extremos Climáticos que tem por objetivo principal a criação de um Plano Nacional Integrado de Resiliência Urbana”, explicou a Conselheira Federal.