É inaceitável a captura dos símbolos pátrios − marcas da identidade brasileira − por uma fração de nosso povo. Somos, todas e todos os brasileiros, uma mesma nação, múltipla, de maravilhosa diversidade, e nela não há lugar para a divisão entre uns e outros, como se fôssemos – alguns – brasileiros, e outros não o fossem.
É inaceitável a violência contra qualquer religião e o uso dos templos como espaços de agressão e proselitismo político, o que ameaça o caráter laico do Estado, garantia da real liberdade religiosa.
É inaceitável todo e qualquer fundamentalismo religioso, toda e qualquer violência, toda e qualquer discriminação.
As mudanças climáticas resultantes de um modelo de desenvolvimento predatório já são uma realidade cujos efeitos atingem principalmente as nações e os povos mais vulneráveis, acentuando as desigualdades sociais em todos os níveis, do local ao global. Nesse contexto, o Brasil precisa assumir seu papel estratégico para a construção de um novo modelo de desenvolvimento sustentável para todas as pessoas, o que exige liderança política comprometida com essa inadiável agenda.
Nossa escolha é, claramente, entre a civilização e a barbárie, por um país justo e melhor, próspero, livre, democrático, feliz, esperançoso e em paz.
Instituto de Arquitetos do Brasil
Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2022