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4º Fórum Internacional de Arquitetura e Urbanismo aborda sustentabilidade, inovação e tecnologia no Rio Innovation Week

 

A programação do 4º Fórum Internacional de Arquitetura e Urbanismo no Rio Innovation Week foi intensa nesta quinta-feira, 15, com a participação de diversos Conselheiros do CAU/RJ e do CAU/BR.

A Conselheira Federal Leila Marques se apresentou no palco E-gov, com a palestra A pandemia dos desastres: um olhar sobre a resiliência urbana. Leila Marques fez uma comparação da pandemia com os extremos climáticos, que impacta todo o planeta. Ela apresentou uma linha do tempo com desastres que aconteceram no país desde 1941. Para ela, o urbanismo tem sido majoritariamente um processo doloso para a natureza. Cerca de 102 milhões de pessoas morrem por ano em eventos climáticos urbanos, segundo dados da OPAS, trazidos pela Conselheira.

“Os desastres climáticos que acompanhamos já passaram para extremos, estamos em um estágio que merece muito mais que atenção, precisamos radicalizar em termos de ações. Alguns desastres estão na iminência de acontecer, não há mais como conter. Então a gente precisa não só precaver, não só remediar, precisamos ter resiliência, planejamento para que as cidades consigam mitigar rapidamente todos os efeitos deletérios”, afirmou Leila Marques. A Conselheira Federal aproveitou a oportunidade para falar da Câmara Temática de Meio Ambiente e Extremos Climáticos do CAU Brasil.

Já os vice-presidentes Aníbal Sabrosa e Isabel Rocha e o Conselheiro do CAU/RJ Fábio Bruno ministraram a palestra Tecnologia e inovação na preservação de prédios históricos.

O dia também foi marcado pela estreia do 4º Fórum Internacional de Arquitetura e Urbanismo na Rio Innovation Week. A primeira mesa do palco E-gov, teve como tema “Cidade sustentável: preservação da biodiversidade e gestão inteligente”, com a participação do Conselheiro Federal pelo Mato Grosso do Sul, Carlos Lucas Maia; do Coronel Angelo Rabelo, presidente do Instituto Homem Pantaneiro; Francisco Milanez, diretor científico e técnico da Agapan e o arquiteto e urbanista Marcelo Borborema.

Milanez falou sobre as causas da crise climática, citando o exemplo das enchentes que ocorreram em Porto Alegre em abril e maio deste ano. “Nós drenamos as várzeas e geralmente vendemos esses espaços para habitações de pessoas de baixa renda, o que é um duplo crime”, avaliou. Já o coronel Angelo Ribeiro falou sobre a atuação do Instituto Homem Pantaneiro, cuja missão é a preservação do Pantanal. Ele falou sobre a utilização da tecnologia para a preservação do meio ambiente. Com o uso de três câmeras, o instituto consegue monitorar mais de 1 milhão de hectares. Por meio da utilização da inteligência artificial é possível detectar focos de incêndio em menos de três minutos. Já o arquiteto Marcelo Borborema apresentou três projetos realizados nas proximidades de Manaus, trazendo características da própria região.

No palco Sociedade 5.0, foi a vez de discutir Cidades, inovação e tecnologia, com a participação de Kleyton Marinho, Conselheiro Federal pelo Amazonas, Flávia Tissot, arquiteta e urbanista, sócia do grupo OSPA; Daniel Toledo, CEO do Konigsberger Vanucchi e Gustavo Maia, fundador e CEO do Colab. Na abertura da mesa, a presidente do CAU/BR, Patricia Sarquis, ressaltou a importância da tecnologia para a profissão. “O que seria do arquiteto sem tecnologia? Nada. Estaríamos na Idade da Pedra. Estamos trazendo para os arquitetos um olhar diferenciado. Um prazer estar na Cidade Maravilhosa, que dialoga com a arquitetura e o Urbanismo. Esse painel é especial, todos são, mas esse fala do que eu amo, que é tecnologia”, afirmou a presidente do CAU/BR.

Gustavo Maia apresentou o Colab, govtech voltada para a gestão das cidades. Ele destacou a parceria com o CAU/BR na realização de uma consulta pública para mapear as dificuldades enfrentadas nas cidades e sugestões para melhorar a agenda urbana. Daniel Toledo destacou que as tecnologias permitem que as equipes realizem projetos mais integrados, de forma mais ampla. Já Flávia Tissot apresentou a plataforma Place, de visualização de dados urbanos para agentes e desenvolvedores de cidades.

O estande do CAU, no Armazém 3, ainda contou com atendimento aos profissionais e estudantes de arquitetura e urbanismo, além de outras atividades.

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