Jonas Abreu da Silva, aluno da UFRJ e Adara Nataly Loureiro Duarte, da PUC-Rio, estão concorrendo ao I Prêmio Grandjean de Montigny. Eles venceram o 33º Prêmio do Arquiteto do Amanhã, promovido pelo IAB-RJ, nas categorias arquitetura e edificações ou urbanismo e paisagismo. O resultado foi anunciado em cerimônia realizada na sexta-feira, 9 de dezembro.
Os trabalhos Operação Urbana Estação Gramacho, de Jonas Abreu, feito sob a orientação de Pablo Cesar Benetti, e Manguinhos submerso – Operação Urbana, de Adara Nataly, com colaboração de Mateus Rosa, e orientação dos professores Duarte Vaz e Vinicius Mattos, serão avaliados pela comissão julgadora, formada pelos arquitetos e urbanistas Ruy Ohtake, Maria Elisa Baptista e Luiz Fernando Janot.
O vencedor do Grandjean de Montigny receberá uma viagem de dez dias para Paris, com dez diárias pagas. A premiação ocorrerá em 15 de dezembro, data de nascimento de Oscar Niemeyer, quando é comemorado o Dia do Arquiteto e Urbanista.
Presente no evento do IAB-RJ, Jonas Abreu comemorou o prêmio e explicou que seu trabalho final de graduação propôs melhorar o entorno urbano da estação de trem de Gramacho, em Duque de Caxias, onde morou. “A linha do trem segrega o bairro. A estação fica em um lugar muito pulsante, com muitos estabelecimentos comerciais, mas está degradado. Meu projeto propõe, além da reforma arquitetônica da estação, a reestruturação da área”, contou. Segundo o júri, que destacou a carência do local, o trabalho apresentou boa definição arquitetônica.
Já o trabalho Manguinhos submerso – Operação Urbana, “apresenta a possibilidade de integração entre os terrenos da refinaria de Manguinhos e de depósitos com o tecido urbano, trazendo melhorias socioeconômicas e culturais por meio de um conjunto de ações sustentáveis que vão desde a recuperação das áreas de mangue, tratamento e reaproveitamento de água e implantação de moradias, apropriando-se das estruturas e instalações industriais”, segundo a apresentação do projeto.
“Unimos forças com o IAB-RJ, que todos os anos promove o reconhecimento dos melhores trabalhos desenvolvidos por recém-formados. O prêmio Arquiteto do Amanhã é uma referência no mercado de trabalho, pois ajuda a impulsionar a carreira desses jovens profissionais brasileiros. E agora eles também terão a oportunidade de conhecer a arquitetura parisiense por meio do Grandjean de Montigny”, disse o presidente do CAU/RJ, Jerônimo de Moraes Neto.
O I Prêmio Grandjean de Montigny tem como objetivo estimular a produção de projetos de conclusão de curso de arquitetura e urbanismo. O nome da premiação é uma homenagem ao arquiteto francês, que teve muita importância para o desenvolvimento da arquitetura no Brasil. Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny foi membro da Missão Artística Francesa que chegou ao Rio de Janeiro em 1816 e que criou a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios. Entre as obras idealizadas por ele no Rio de Janeiro destacam-se a Casa do Arquiteto, atual Solar Grandjean de Montigny, na Gávea; a Academia Imperial de Belas Artes, cujo pórtico encontra-se, atualmente, no Jardim Botânico e o edifício da Praça do Comércio, atual Casa França-Brasil.
O regulamento do Prêmio Grandjean de Montigny está no link: regulamento-premio-grandjean
