As Naves do Conhecimento venceram o maior prêmio internacional de arquitetura, o Architizer A+ Awards, realizado em Nova Iorque. Foram mais de cem países concorrentes, e na categoria de edifícios públicos, o projeto do arquiteto Dietmar Stark, da Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe) do Rio ficou entre os cinco finalistas. A Nave concorreu pelo voto popular contra projetos da Bélgica (Court House); Itália (Palazzo Lombardia), Japão (Hachijo Government Building and Hall) e da França (Regional Court and Industrial Tribunal). O projeto brasileiro venceu com o voto popular enquanto o da Bélgica ficou com o prêmio do júri. A entrega do prêmio será no dia 14 de maio, em Nova Iorque.
“Nem queria mandar o projeto para a premiação porque achei que era perda de tempo: 100 países, mais de 300 jurados. Projetos milionários de alguns dos arquitetos mais renomados do mundo. Não acreditava que poderia vencer. Primeiro fiquei surpreso em ser finalista e ainda não acredito que conseguimos essa vitória. Estou muito feliz”, comemora o arquiteto.
Dietmar defende que o caminho a seguir é o da qualidade. “Não importa que o edifício público a ser construído esteja numa área degradada. Se ele tiver qualidade, ele vai ajudar a qualificar toda a região. As Naves são um dos poucos prédios públicos do Rio que não foram pichados. Acho que o ganho maior é da população”, defende Starke.
Após parabenizar o arquiteto, logo pela manhã, o secretário municipal de Ciência e Tecnologia, Franklin Coelho, cuja pasta é responsável pela gestão dos espaços digitais, foi a compromissos nas Naves de Madureira e Triagem, onde falou sobre a premiação. “É o reconhecimento público de um caminho de inovação estimulado pelo próprio prefeito e de um trabalho coletivo de criar oportunidades de acesso ao conhecimento e às profissões do Terceiro Milênio e, também, de acesso ao entretenimento, usando as tecnologias mais avançadas no mundo”.
Em 2013, o Museu de Arte do Rio, assinado pelo escritório Bernardes + Jacobsen Arquitetura, venceu o título de melhor construção na categoria Museu.
Mais de um 1,5 milhão de visitas e de 14 mil alunos diplomados nas Naves
As Naves do Conhecimento pousaram na cidade do Rio de Janeiro há cerca de dois anos e meio. Com um milhão e meio de visitas e mais de 150 mil pessoas cadastradas, as unidades funcionam como uma praça digital com livre acesso à internet. As estruturas possuem uma área de 450 m² destinado à vivência no mundo da internet, ao ensino da informática e ao lazer. Nos espaços são oferecidos gratuitamente cursos, oficinas de capacitação digital e atividades interativas formando mais de 14 mil alunos. A Nave do Conhecimento também é composta por uma biblioteca digital, com acesso à banda larga, o que permite à população consultar revistas, livros e acervos de outras bibliotecas e instituições culturais do Brasil e do exterior.
De junho de 2012, data da inauguração da primeira Nave, em Santa Cruz, até hoje, um total de oito espaços foram entregues: Irajá, Parque Madureira, Padre Miguel, Penha, Vila Aliança, Nova Brasília (Complexo do Alemão) e Triagem. Neste período, mais de 14 mil alunos foram formados em seus diversos cursos nas áreas de Tecnologia da Informação e da Comunicação.
Um dos principais objetivos do projeto é implantar uma rede de Naves do Conhecimento que garanta aos cariocas o que existe de mais avançado em termos de cultura digital nas áreas de educação, entretenimento, serviços e formação profissional. Os oito espaços digitais têm facilitado uma melhor integração entre a comunidade e os serviços públicos prestados no local, funcionando, inclusive, aos finais de semana.
“Para produzir uma inclusão social de verdade, é preciso que a arquitetura esteja de acordo com as funções do prédio. Se o equipamento emocionar as pessoas, ele vai despertar primeiro o desejo de conhecer aquele espaço, e uma vez lá dentro, elas vão se interessar pelos cursos e atividades que acontecem ali”, garante Starke.
Atualmente, existem oito Naves do Conhecimento em funcionamento na Cidade do Rio de Janeiro, contemplando os bairros de Nova Brasília (Complexo do Alemão – janeiro/2012), Santa Cruz (junho/2012), Padre Miguel (junho/2012), Madureira (julho/2012), Irajá (outubro/2012), Penha (dezembro/2012), Vila Aliança (Bangu – fevereiro/2013) e Triagem (maio/2014).
Fonte: Divulgação Secretaria Municipal de Obras / Prefeitura do Rio de Janeiro